Justiça condena "canibais" de Garanhuns
Após dois dias de julgamento, foi definido, no início da noite desta sexta-feira (14), o futuro do trio acusado de matar, esquartejar e comer a carne de uma jovem de 17 anos - equivalente ao crime de vilipêndio -, além de ocultar os restos mortais da vítima. Os crimes aconteceram em maio de 2008, no bairro de Rio Doce, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 52 anos, Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, foram considerados culpados por todos os crimes pelos quais respondiam. O homem foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão e mais um ano e seis meses de detenção, totalizando 23 anos de cadeia. Já Isabel e Bruna receberam penas de 19 anos de reclusão e mais um de detenção, o que dá um total de 20 anos.
A sentença foi proferida pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima, que levou em conta as qualificadoras do homicídio: o motivo fútil, o emprego de meio cruel, o fato de não ter sido dada à vítima chance de defesa e a finalidade de assegurar a realização de outras práticas criminosas. Após a sessão, que terminou pouco antes das 20h, os responsáveis pela defesa dos réus afirmaram que vão recorrer da decisão.
Jorge, Isabel e Bruna também respondem por duplo homicídio triplamente qualificado, falsidade ideológica, estelionato, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. Esses processos se referem aos crimes cometidos contra Giselly Helena da Silva e de Alexandra da Silva Falcão, em Garanhuns, no Agreste do Estado, em 2012. Foi a partir do desaparecimento dessas vítimas que a morte de Jéssica foi descoberta. Os casos do Interior correm em segredo de Justiça e serão julgados em outra sessão ainda sem data marcada. (Folha de Pernambuco)
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