Dilma teria sido advertida sobre irregularidades na Petrobras, diz revista Veja que é acusada de manipulação pela assessoria do Planalto
O ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras, o engenheiro Paulo Roberto Costa, um dos principais nomes da Operação Lava-Jato, teria advertido a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (atual presidente do Brasil), do PT, sobre possíveis irregularidades na Petrobras. As informações são da edição da revista Veja desta semana. O ex-diretor teria enviado um e-mail à então ministra em 29 de setembro de 2009. O curioso é que o ex-diretor é investigado pela Polícia Federal por corrupção. Paulo Roberto já se comprometeu a devolver US$ 23 desviados da estatal.
No e-mail enviado, Paulo Roberto Costa chamava a atenção sobre as recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão que investiga as contas do Poder Público pedia a paralisação de três obras da Petrobras, como a construção e modernização das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, Getúlio Vargas, no Paraná, e do terminal do Porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo.
A revista Veja lança a tese de que a preocupação de Paulo Roberto não era, supostamente, com o bem do dinheiro público, e sim, com a possibilidade de “o dinheiro sujo parar de jorrar”. “É crível imaginar que em 29 de setembro de 2009 Paulo Roberto Costa, em uma transformação kafkiana às avessas, acordou um servidor impecável disposto a impedir a paralisação de obras cruciais para o progresso da nação brasileira? É verdade que às vezes a vida imita a arte, mas também não estamos diante de um caso de conversão de um corrupto em um homem honesto da noite para o dia”.
Resposta - A assessoria de imprensa do Palácio do Planaltou enviou uma nota à imprensa qualificando a reportagem como mais um espisódio de “manipulação jornalística” da revista Veja nos últimos anos. “Depois de tentar interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação condenada pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em 2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras demitido em março de 2012 pelo governo da presidenta Dilma”.
“As práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público”, completa. (Diário de Pernambuco)
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